Se esta viagem fosse um filme começaria assim…
…Estava eu trabalhando tranquilamente no escritório quando meu chefe chegou com o livro “Verônica decide morrer” em mãos e disse: – Olha só o que eu encontrei no elevador: um livro de Paulo Coelho. Você quer ler?… Pois bem, este foi o ponto inicial e inspirador desta viagem à Eslovênia que começou alguns dias depois de acabar de ler o dito livro que conta a história de uma eslovena depressiva que decide cometer suicídio na capital Ljubliana. Antes de mais nada quero deixar claro que eu não fui para lá para cometer nenhum tipo de despautério, a não ser conhecer lugares fantásticos que me deram mais inspiração para continuar a viver esta linda e maravilhosa vida de viajante.
Então vamos lá… como eu estava em Veneza na Itália, reservei um serviço de transfer com a companhia GoOpti (25 euros) e em menos de 3 horas já estava na rodoviária da pequena e simpática capital eslovena chamada Ljubliana. Como eu também tinha planos de conhecer alguns lugares nos arredores desta cidade acabei reservando uma diária no Hotel Center que fica a poucos passos da rodoviária e em uma posição estratégica para visitar o centro histórico (menos de 5 minutos a pé).

O hotel é uma gracinha, fica em um prédio típico da capital e chama a atenção por reunir em um único lugar um barzinho super tranquilo, o próprio hotel é claro com camas super confortáveis e uma discoteca no subsolo, além de ser super econômico.
Foi só o tempo de deixar a mala e decidi otimizar o tempo que restava para visitar as Cavernas de Postojnska que ficam a uma hora da capital em direção Sudoeste. Para chegar até as cavernas basta pegar um trem (8 euros) ou ônibus (6 euros) da estação central-rodoviária de Ljubliana e ao chegar na cidade de Postojna ir andando cerca de uns 20 minutos até a entrada das cavernas ou pegar um táxi (5 euros).

As cavernas de Postojnska são uns dos maiores atrativos desta região e por que não dizer do mundo. Uma rede de 20 quilômetros de passagens, galerias e câmeras subterrâneas com estalactites e estalagmites que foram esculpidas ao longo de milhares de anos e formam a maior caverna da Europa.

Para entrar na caverna basta comprar o bilhete que custa 29 euros e dá acesso também ao vivário de peixes e ao borboletário e preparar-se com roupas quentes pois a temperatura lá dentro gira em torno de 8-10ºC. A visita dura 1h30 e inicia com um passeio de trenzinho de alguns minutos que leva os visitantes através de túneis até o início do percurso das galerias onde todos descem e fazem o passeio a pé pelas galerias da caverna com auxílio de um áudio em vários idiomas. Este pequeno trajeto de trenzinho que hoje leva apenas alguns minutos no passado era feito em 4 horas e no decorrer da visita ainda é possível avistar a antiga sala de dança e os candelabros que iluminavam as cavernas há muitos séculos quando a alta sociedade já a frequentava em grandes ocasiões.


A beleza das cavernas não pode sequer ser resumido em palavras e só para ter uma ideia, lá dentro ainda acontecem grandes eventos de ópera e concertos natalinos de tirar o fôlego com uma acústica natural e única que certamente valem a pena conhecer. Ainda, nas profundezas escuras e geladas de Postojnska encontra-se um pequeno animalzinho albino chamado Protos que é o símbolo das cavernas e fonte de pesquisa de vários estudiosos da vida animal subterrânea, além de ser o mascote do lugar sendo vendido como souvenir em forma de pelúcia, imãs de geladeira e o seu selo postal do primeiro correio subterrâneo do mundo.
![IMG_6640[1]](https://sanzovo.files.wordpress.com/2015/07/img_66401.jpg?w=1024&h=765)
Há 15 quilômetros de distância da cidade fica também o Castelo de Predjama, um dos maiores castelos de caverna do mundo segundo o livro Guinness, mas infelizmente não tive tempo suficiente para visitá-lo, pois o horário de funcionamento dos complexos é somente das 09:00 às 18:00.

Neste mesmo dia voltei para Ljubliana para visitar o centro histórico já que era sábado e a capital eslovena, apesar de ser pequena e contar com cerca de 250 mil habitantes, é mundialmente conhecida pela sua vida noturna e seus jovens cidadãos que se reúnem em animados happy hours musicais ao longo dos bares a beira dos canais do rio Liublianica. Vale lembrar que apesar de ser jovial e bem animada, a noite por ali nos finais de semana termina cedo e se quiser comer algo é bom chegar antes das 23:00 quando as cozinhas dos restaurantes fecham e restam somente bebidas disponíveis até à 01:00 quando a cidade dorme completamente.

O símbolo de Ljubliana é o dragão que evoca o poder, a coragem e a gratidão e não é preciso ir muito longe do centro para passar pela Ponte do Dragão com seu estilo arquitetônico vienense que cruza o rio na direção do mercado central ou até mesmo chegar ao topo da torre do Castelo de Ljubliana, o qual aliás vale a pena reservar ao menos meio dia de visita para aproveitar a vista panorâmica da cidade, a visita ao museu da tortura e as aulas de arco e flecha medievais (1,50 euros a cada 3 lances de flechas). Para chegar ao castelo dá para subir a pé através de uma trilha que se inicia no centro da cidade ou pegar o teleférico (4 euros ida e volta), sendo que o bilhete de entrada para conhecer o castelo custa 12 euros.





No segundo dia em Ljubliana, depois de sair do hotel, deixei a mala na rodoviária e aproveitei para visitar mais uma vez o centro histórico antes de pegar o ônibus para Bled (7,80 euros cada trecho), uma cidadezinha encantadora a 1h20 (32km) ao Norte da capital e onde encontra-se o famoso Lago de Bled. Antes de partir para esta viagem eu pensava que uma visita rápida seria suficiente para aproveitar o lago, mas depois de chegar lá me arrependi por não ter reservado um hotel às suas margens e passado mais alguns dias. Mesmo assim valeu super a pena.

Este lago de beleza singular nesta época do ano fica lotado, principalmente em um domingo ensolarado como aquele quando decidi alugar uma bike (2,5 euros a hora) e percorrer os seus 6 quilômetros de extensão circular rodeado de restaurantes, hotéis, albergues e gramados verdinhos para contemplar a igrejinha bem ao centro do lago e o Castelo de Bled bem no alto da montanha. A maioria dos visitantes que vem ao país tem como obrigação a visita ao Castelo de Bled, mas como meu tempo era curto e já tinha me esbaldado no castelo de Ljubliana acabei optando em aproveitar o lago e visitar a ilha ao centro que na minha opinião é muito mais interessante.

Para visitar a igrejinha da Assunção de Maria na ilha central do lago e tocar o seu sino, que segundo a tradição é tiro e queda para uma boa fortuna, é preciso alugar um barquinho a remo em um dos pontos ao redor do lago (12 euros para até 3 pessoas) e então remar para chegar até a ilha. Caso não tenha vontade de sair remando pelo lago, há opções de barcos maiores remados por um barqueiro profissional (12 euros por pessoa), mas neste caso tem que ter um pouco mais de paciência para esperar lotar o barco com até 10 pessoas e depois só curtir a paisagem. Ao chegar na ilha o barqueiro disponibiliza mais ou menos meia hora para a visita da igrejinha (entrada 6 euros) e como manda a tradição não devemos esquecer de puxar a corda e tocar o sino três vezes fazendo um super pedido…e voilà…



E depois de passar dois dias bem corridos e muito bem aproveitados na Eslovênia tenho somente a agradecer ao meu querido chefinho Richard que me presenteou não só uma boa leitura mas também inspirou mais esta maravilhosa viagem.
Dica de viagem para a Eslovênia: Apesar de ser um país bem pequeno e bem servido com meios de transporte, se você estiver viajando por lá e não tiver um tour ou carro próprio, vale a pena verificar os horários dos ônibus neste site antes de programar os passeios para não perder muito tempo de espera nos locais.
O Lago Bled é uma ótima opção de destino para quem deseja relaxar e aproveitar ao máximo a viagem, portanto se tiver tempo dedique alguns dias para visitá-lo com calma e escolha um dos hotéis à beira do lago para sua hospedagem.
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