Continuando a viagem pela Ásia, cheguei em Siem Reap (Camboja) depois de um voo tranquilo de uma hora desde Bangkok com a companhia low cost Airasia. Após os trâmites do visto (brasileiros podem retirar o visto na chegada pagando uma taxa de US$ 30,00 e levando uma foto 3×4, mas caso não tenha a dita foto basta pagar US$ 2,00 extra) fui super bem recebida pelo transfer do hotel que me levou de tuk tuk (carrocinhas puxadas por uma moto) ao charmoso Hotel Bayon Boutique.

O hotel foi uma ótima opção porque fica pertinho da Pub Street e do mercado noturno, além de ser muito confortável, os funcionários muito prestativos e simpáticos e a diária super em conta.



Muitos turistas preferem fazer o percurso de Bangkok a Siem Reap por terra em uma travessia cheia de contratempos que chega a durar até 12 horas, mas depois de ler vários relatos de viajantes que passaram o maior perrengue na viagem e analisando o custo-benefício, optei pelo meio mais seguro e rápido: voando.
Vou ser sincera em dizer que ao chegar na cidade fiquei impressionada pela precariedade das ruas e as condicões de vida dos cambojanos que são muito carentes de todo tipo de infraestrutura, mas apesar disso possuem riquezas históricas e uma culinária muito saborosa.



A grande maioria dos hotéis e restaurantes da cidade pertencem aos estrangeiros que adotaram a cidade pelos seus encantos e pela importância de Angkor como patrimônio da humanidade.


Siem Reap guarda um complexo de ruínas do império Khmer, com mais de mil anos de idade, daquela que foi a mais importante cidade no planeta entre os séculos X e XIII. Ela está localizada no Nordeste do Camboja, é a cidade mais próxima dos famosos templos de Angkor e o seu nome significa literalmente Siamês derrotado, referindo-se à vitória do Império Khmer sobre o exército do reino tailandês no século XVII. O idioma do país é o khmer, com um alfabeto que veio do sânscrito, mas o uso do inglês e francês são bem comuns e a moeda local é o Riel Cambojano (1 US$ = 4.030,30 Riel, mas nem pense em trocar seus dólares por Riel ao chegar em Siem Reap porque o dólar é a moeda de circulacão por toda parte da cidade).
Quanto aos atrativos da cidade, um dos passeios mais procurados certamente é a visita ao Circuito de Angkor (US$ 18,00 com tuk tuk privado) visitando os templos de Angkor Wat, Ta Prohm e Angkor Thom e funciona da seguinte maneira:
Primeiro há de se escolher a maneira para chegar aos templos que pode ser de tuk tuk (US$ 12 a 18), de bicicleta (US$ 15 a 20) ou de carro com motorista. Depois disso é preciso escolher qual dos dois circuitos fazer: o primeiro chama-se Pequeno Circuito e tem um percurso de 17 km passando pelos templos de Angkor Wat, Ta Prohm e Angkor Thom além de outros templos menores e o segundo chama-se Grande Circuito e é nada mais que uma extensão de 9 km a mais do anterior incluindo os templos mais distantes como o Pre Rup e o East Mebon.
IMPORTANTE: para entrar nos templos é preciso usar camiseta e calcas compridas cobrindo pernas e ombros em respeito ao lugar (no templo de Angkor Wat nem mesmo echarpes são permitidas para cobrir os ombros).

Depois de escolher o Circuito basta comprar o bilhete para visitar os templos, o qual dá acesso ao complexo por 1 dia (U$20), 3 dias (U$40) ou 1 semana (U$60) e procurar chegar beeeeeeeeeeeem cedinho para ver o nascer do sol ou aguentar o dia inteiro de passeio para se deslumbrar com o mais lindo pôr-do-sol do alto de Phnom Bakheng em Angkor.








Um passeio mais distante pelos templos pode nos levar também a visitar Banteay Srei (30km – US$ 22,00 o passeio de tuk-tuk), um dos mais afastados de Siem Reap, o qual foi dedicado a Lord Shiva e é conhecido como a Jóia da Arte Khmaer pelos adornos de pedras em suas paredes de tons rosados.




No mesmo dia do passeio ao templo de Banteay Srei dá pra visitar o Museu das Minas Terrestres (entrada US$ 5,00) e o Centro Borboletas (entrada US$ 4,00), basta pedir ao motorista do tuk tuk para fazer uma parada nestes locais que ficam no mesmo caminho.




O Camboja também é muito conhecido pela produção de artigos em seda e em Siem Reap é possível visitar o famoso centro Artisans d’Angkor (entrada gratuita – fica na mesma rua do Hotel Bayon Boutique) que recruta e treina artesões para a fabricação de artigos em seda, pintura de quadros e esculturas em madeira e pedra. Até o ano de 2008 o centro foi mantido pela União Europeia e a partir de então conseguiu sua auto-suficiência com a venda dos seus próprios produtos, além de ter formado milhares de artesões que hoje mantém suas famílias com a venda de seus artigos. Vale super a pena uma visita à loja em anexo que tem preços super em conta.



Outro passeio imperdível é a visita à vila flutuante de Komplong Pluk no lago lago Tonle Sap para conhecer as palafitas e o modo de vida das cerca de 700 famílias que sobrevivem da pesca e do cultivo de arroz e ainda aproveitar para dar uma volta de canoa com os moradores e as criancas. Para chegar ao lago dá pra ir de tuk tuk (US$ 15,00 + US$ 5,00 barco + US$ 5,00 passeio de canoa) ou com um grupo de excursão com guia em uma van com ar condicionado que é muito mais indicado por ser um longo percurso (35km do centro de Siem Reap) e por ter um caminho de terra cheio de pó (passeio com guia custa US$ 18,00 por pessoa + US$ 5,00 canoa e ainda inclui a visita em Wat Thmey (memorial dos mortos) e Artisan d’Angkor (centro de artesanato).




Este passeio inclui ainda a visita a Wat Thmey (memorial dos mortos) onde encontram-se as stupas (jaziguos) de alguns dos mortos durante a dura guerra civil que dizimou pessoas e deixou milhares de crianças orfãs e famílias destruídas no país .

Quem vem ao Camboja e quer saber alguma coisa sobre seu passado vai descobrir que desde os anos 1400 o país tem tido uma história bem conturbada. Primeiro os tailandeses saquearam Angkor em 1432, depois, em 1863, a pedido do Rei no Exílio, os franceses assumiram o comando. Nos anos 1960 e 1970, o Camboja foi alvo de protestos violentos e de guerra civil. Finalmente, em 1975, o exército Khmer Vermelho tomou o poder. Eles renomearam o país Kampuchea Democrático e começaram a expulsar as pessoas das cidades. Em questão de horas, toda a população de Phnom Penh (capital do país) foi condenada a sair. Muitas pessoas morreram na estrada e em todos os lugares as pessoas foram obrigadas a realizar trabalho forçado. Pessoas foram mortas por razões sem sentido – por ser muito inteligente ou por se recusar a trabalhar. O guia da excursão perdeu a mãe ainda quando criança simplesmente porque ela era enfermeira e o khmer vermelho exterminava todos os que tinham conhecimento e uma profissão.
A maioria dos mortos foram enterrados em valas comuns, ou simplesmente atirados apressadamente na água ou em trincheiras cavadas. Estima-se que 2 milhões de pessoas foram mortas – cerca de um terço da população do país. Somente em 1979 o khmer vermelho foi deposto, mas o Camboja estava em um estado de limbo e em conflito com os vietnamitas até 1993, quando o reinado foi restaurado e o rei voltou ao poder com um governo eleito.

Depois de todo esse período conturbado parece que a paz voltou a reinar neste país repleto de belezas naturais. Isso pode ser visto principalmente no Mercado Noturno em Siem Reap com suas milhares de barracas de roupas e souvenirs tipicamente cambojanos e na Pub Street, o refúgio dos turistas estrangeiros em noites agitadas com diversas opções de restaurantes e barzinhos onde é possível degustar os mais saborosos pratos da culinária cambojana como o Amok feito de carnes variadas com um tempero maravilhoso a base de gengibre e capim limão. O que vemos hoje é uma cidade que apesar de todos os problemas sociais está retomando o seu desenvolvimento com a ajuda dos visitantes, da população e de voluntários que com o passar dos anos estão ajudando a reconstruí-la e trazendo de volta o sorriso para este povo simpático e hospitaleiro.





E para fechar com chave de ouro uma visita em Siem Reap, nada melhor que conhecer um pouco mais da cultura do país através da dança no espetáculo “Smile of Angkor”, considerado um dos melhores espetáculos folclóricos da cultura khmer com dança típica Apsara (custa US$ 38,00 setor B e US$ 48,00 setor A – jantar buffet incluso).

Próxima parada…MACAU
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2 comentários em “Os templos de Angkor no Camboja”