E eis que depois de 4 horas de voo de Bangkok cheguei na última flor do Lácio: Macau, uma península no continente asiático com seu complexo insular que está dividido em Taipa, Cotai e Coloane. A ex-colônia portuguesa que deve o seu nome à deusa do céu, A-má. O nome original — Amagau, que significa Baía de A-má — foi sendo transformado até chegar a forma atual, Macau.
No século XVII, já completamente administrada pelos portugueses, a cidade foi invadida pelos holandeses e, mesmo despreparada, conseguiu resistir e desde então um governador nomeado pelo governo português passou a dividir a administração da cidade com o existente Leal Senado. Foi neste século também que Macau recebeu seu exótico nome completo: Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal. A razão para tanta pompa se deve ao fato de que mesmo durante o período em que Portugal esteve sob o domínio da Coroa Espanhola a cidade jamais baixou a bandeira portuguesa, ao contrário do que ocorreu em todas as outras colônias.

Pompas a parte, já na chegada ao aeroporto, que fica na ilha de Taipa onde estão a maioria dos cassinos, é possível reconhecer o nosso idioma estampado nas placas juntamente com os onipresentes kanjis — os caracteres chineses – mas engana-se quem pensa que alguém por ali vai te receber com um caloroso bem-vindo, pois a maioria dos habitantes de Macau não sabe sequer uma palavra do português. Além disso a fila para pegar um táxi pode ser bem longa dependendo do horário da chegada ( no meu caso 22:30) porque a frota de carros na cidade não é lá estas coisas.

Logo ao chegar na cidade o clima quente já dava seu ar da graça e como meu voo chegou bem tarde da noite acabei trocando alguns dólares de Hong Kong (a moeda local chama-se pataca mas tudo se paga em dólares de Hong Kong – US$1,00 = HKD 7,30) e fui direto ao Hotel 5footwayinn Project Ponte 16 que por sinal fica muito bem localizado do lado oposto ao Sofitel e de onde é possível usufruir de um traslado gratuito até o porto de onde partem as barcas para Hong Kong (meu próximo destino), além de que o hotel está situado a apenas 10 minutos de caminhada das Ruínas da Antiga Catedral.

No dia seguinte logo pela manhã sai para desbravar a parte histórica da cidade e bater perna o dia inteiro pela parte antiga de Macau que é tombada pelo Patrimônio Histórico Mundial da UNESCO e onde ficam as ruínas da Igreja da Madre de Deus, mais conhecida como Igreja de São Paulo, uma das mais raras obras arquitetônicas da Ásia que mistura influências europeias e asiáticas em seu estilo maneirista/barroco.




O centro histórico de Macau chama bastante a atenção por ser um caldeirão de mistura de credos e religiões em um pedacinho da China, ali é possível descer e subir ladeiras de calçadas portuguesas, experimentar doces e petiscos, que para os nossos olhos ocidentais são praticamente uma heresia, além é claro dos tradicionais restaurantes portugueses que servem aquela velha e tradicional bacalhoada e o famosos pastéis de nata.





No centro encontramos também o templo de A-má, que dá nome à cidade e onde os peregrinos passam passam fazer suas orações e deixar seus pedidos, e logo ao lado o restaurante A Lorcha, onde provei o melhor bacalhau da cidade acompanhado de um delicioso vinho da casa.


Macau também é conhecida como a Las Vegas asiática e este título não é a toa, pois a cidade arrecada milhares de dólares todos os anos com o turismo da jogatina, possui o maior cassino do mundo, o The Venetian, vários hotéis de luxo e muitas opções de diversão.

Mas o que me me levou a visitar Macau foi a oportunidade de reencontrar a Reta, uma amiga que estudou comigo em Munique há algum tempo e hoje trabalha como produtora de espetáculos na companhia de Franco Dragone, um dos criadores do Cirque du Soleil. Aproveitando a viagem resolvi dar uma passadinha pela sua cidade e assistir a dois maravilhosos espetáculos no Edifício Cidade dos Sonhos (City of Dreams, um complexo que inclui restaurantes, lojas de grifes, cassino e o teatro palco do imperdível show The Dancing Water (ingressos HKD 580-1580) e do sensual Taboo (ingressos a HKD 680-980).




Digamos que apesar de ser uma cidade bem cara, Macau é um destino que vale muito a pena ser visitado e pode render muito conhecimento e uma amostra bem saborosa da mistura Portugal-China.
Como chegar: há voos que ligam Macau a diversas cidades asiáticas como Bangkok e Hong Kong ou se preferir de ferry desde Hong Kong (uma hora de viagem). Os ferries TurboJET saem do terminal marítimo de Macau a cada 15 minutos e durante a madrugada somente em determinados horários. O bilhete na classe econômica custa de HK$ 148 a HK$ 184, de acordo com o dia da semana e o horário.
Onde ficar: para quem visita Macau e quer jogar nos cassinos as melhores opções de hospedagem são os hotéis na ilha de Taipa, porém para chegar ao centro histórico terá que utilizar táxi. Os hotéis localizados no centro são bem mais econômicos, mas cuidado na hora de reservá-los pois muitos motéis foram reestruturados e transformados em hotéis, mas continuam atendendo a um público bem duvidoso. Eu recomendo o Hotel Sofitel que fica muito bem localizado no centro e ainda dispõe de um cassino próprio ou o Hotel 5footwayinn Ponte 16 que apesar de ser bem simples é bem seguro, confortável, com preços bem em conta e fica em frente ao Sofitel.
Próxima parada: Hong Kong
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2 comentários em “A última flor do Lácio em Macau”