Depois de uma breve passagem pela Eslovênia, peguei o busão em Ljubliana e segui até Zagreb, a capital croata, onde queria conhecer o Museu das Relações Despedaçadas (Museum of Broken Relationship – entrada 60 Kunas), o qual tinha ouvido falar entre os viajantes e parecia ser bem interessante. O tal museu foi idealizado por um casal croata depois que eles romperam a relação e estavam brigando para ver quem ficaria com o ursinho de pelúcia que pertencia ao casal. Foi a partir desta desavença que surgiu a ideia de coletar objetos de casais que terminaram seus relacionamentos e criar uma exposição itinerante que acabou rodando a Europa e agora transformou-se em um dos museus privados mais visitados da capital. A exposição inicia com objetos e histórias corriqueiras, passando a brigas homéricas como é o caso do pobre gnomo de jardim que representa o fim de um casamento bem tenso.


Digamos que a parada em Zagreb foi muito rápida e estratégica porque o intuito principal da rota era chegar aos famosos Lagos de Plitvice que ficam a cerca de 2 horas dali e o ônibus partia da rodoviária às 21:30 (bilhete 12 euros + 8 Kunas para a bagagem). Depois de uma viagem super tranquila, por volta das 23:30 já estava em frente a entrada 2 do parque onde ficam os hotéis Bellevue e Plitvice. A opção de hospedagem em um destes hotéis é perfeita para quem quer visitar o parque logo pela manhã já que eles ficam a poucos metros da bilheteria e da entrada principal. E foi exatamente isso que fiz, depois de passar a noite no Hotel Plitvice lá estava eu na bilheteria às 09:00 para iniciar a super caminhada de 6 horas pelo parque.
O parque Plitvice é um dos mais visitados da Croácia e mais parece uma paisagem de conto de fadas, isso porque abriga 16 lagos conectados por cascatas e barreiras de gipsita que represam a água em piscinas naturais repletas de peixinhos e desde 1979 integra a lista dos Patrimônios Mundiais da UNESCO. Para visitá-lo é preciso comprar um bilhete que custa 180 Kunas, pegar um ônibus especial até chegar ao início das trilhas que são indicadas por letras e estar preparado para caminhar bastante em meio a uma paisagem de cair o queixo. Como tinha reservado o dia inteiro para a visita, acabei optando em fazer a trilha H que permite a visita de maneira circular em todo o lago. Vale lembrar que ele é dividido em dois setores: os lagos superiores e os inferiores e é preciso fazer uma travessia de barco (já incluída no ingresso) para chegar de uma margem à outra.





Dentro do parque há também um espaço reservado aos restaurantes e lojinhas de souvenires, mas é sempre bom levar um lanchinho e uma garrafa d´água na bolsa já que são muitas horas de caminhada. Além disso, se você viaja com seu cãozinho não se preocupe porque eles são muito bem-vindos em todo o parque, porém nem pense em levar roupas de banho porque não é permitido nadar, no máximo molhar os pés em uma das pequenas cascatas ao longo das trilhas.
Depois de um dia inteiro de caminhada ainda deu tempo de pegar o ônibus na entrada do parque e depois de 2 horas chegar na cidade litorânea de Zadar para ver o pôr-do-sol mais lindo do mundo, segundo o cineasta Hitchcock (nos meses de verão o sol se põe por volta das 20:30). Tudo isso ao som incrível do órgão do mar, uma atração recente construída pelo arquiteto Nikola Basic em 2006 em forma de canos que usam a força das ondas para reproduzir o som do mar…um entardecer pra lá de especial…
